escrevo a miseria dos deuses enquanto procuro a carta que me diga que tudo vai estar bem, que nao tenha medo...aguento o choro, engulo lagrimas de agonia e respiro a angustia do teu espelho.
esse fantasma que regressa aqui nao é bem-vindo.
quero soltar as amarras, as dividas pendentes e esquecer as contas por saldar...voar bem alto e ver-te sofrer banhado em desespero no cimento quente. desejar que nunca tivesses existido.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
desde abril 2011...
desde abril houve toda uma sèrie de revoluçoes....faz poucos dias deixei buenos aires. agora estou por san luis, aqui fico uns meses a viver a ver que me espera y logo talvez siga para cordoba depois talvez brasil eventualmente colombia e venezuela, equador, guatemala?, peru , bolivia, chile...enfim, anos, meses, dias, cada coisa a seu tempo. vivendo por aì saltando. nao sei bem. agora estou em san luis. só sei que levo comigo o trabalho, a vontade de aprender, experimentar e fazer. e isso é muito. e levo a minha arte comigo e assim vou vivendo.
desde abril que em buenos aires mudei de trabalho (varias vezes), comecei coisas novas, trabalhei mais com crianças, com teatro, dança e artesanato, tambem estive sem trabalho e logo voltei a ter, enfim, aprendi muita coisa diferente, dedico-me tambem ao tarot e nunca deixei o tango como companheiro, alivio e refugio às vezes, motivo de choro tambem, espelho do meu buenos aires...
fiz novos amigos, deixei um grande amor ou um grande auto-engano, a loucura cresceu e a sanidade também e , como sempre, com muita dor e muito amor, estou mais que nunca agradecida à vida e ao sol que desponta depois do frio. e assim continuo nao um caminito mas varios caminitos...abrindo janelas, portas e espreitando, aprendendo e, sobretudo, realizando, sem medo a perder, limpando e deixando o que nao serve, agarrando-me à alegria que me dà saber que há sempre alguem no mundo que me quer bem. e que estou viva :)
assim que a ver que vem aí com 2012 e até onde a ideia chega e a experiencia me leva.
aqui vai um textito e hoje modifico tambem o nome deste blog, que esteja mais de acorde a minha situacao actual. e assim segue o meu diario de navegante poeta de rua mulher lusitana buscadora feliz das nove vidas que me tocam:
sentada entre janelas de verde
estranhando o vibrato que chora
lembrando o passado com rancor
nessa mistura fina de amor e òdio onde me revejo sem piedade.
confronto-me com a minha solidao,
companhia de sempre no amor
e vejo a poesia quotidiana
ou a simpleza de umas quantas pétalas.
nao sei se és um ti ou um vós
e talvez nem sejas ninguém
só eu comigo
onde trato de encontrar essa pequena luz ou um quartzo de antes.
difícil a abstracçao,
complico-me a vida com deambulaçoes errantes
da paz por encontrar.
molho a boca com o sal da tua transpiraçao
as maos se me arrugam com a pena que cresce dentro de mim.
vivo o tango de longe,
aceno-lhe mordendo meus lábios até sangrar.
e recosto-me no trigo da tua pele
ou será minha essa pele? já nem sei que pele
é mia, tuya, nuestra,
de tanto camuflar-se em abraços vadios.
sou vadia, vagabunda,
talvez puta suja ou nada mais que uma alma velha de criança
que nao pode respirar sem sentir um outro aroma.
E odeio-TE. Rejeito
Expulso do meu corpo para logo voltar a penetrar...
Beijo o momento
e o seu manto negro que me cobre as feridas.
Melhor que nao me vejas
porque já nao confio em mirada alguma.
Dói
e essa dor lembra algum arranhao que nao quero repetir.
Evito a fantasia
e nada mais fica senao o pesar e o cansaço
de outrem.
desde abril que em buenos aires mudei de trabalho (varias vezes), comecei coisas novas, trabalhei mais com crianças, com teatro, dança e artesanato, tambem estive sem trabalho e logo voltei a ter, enfim, aprendi muita coisa diferente, dedico-me tambem ao tarot e nunca deixei o tango como companheiro, alivio e refugio às vezes, motivo de choro tambem, espelho do meu buenos aires...
fiz novos amigos, deixei um grande amor ou um grande auto-engano, a loucura cresceu e a sanidade também e , como sempre, com muita dor e muito amor, estou mais que nunca agradecida à vida e ao sol que desponta depois do frio. e assim continuo nao um caminito mas varios caminitos...abrindo janelas, portas e espreitando, aprendendo e, sobretudo, realizando, sem medo a perder, limpando e deixando o que nao serve, agarrando-me à alegria que me dà saber que há sempre alguem no mundo que me quer bem. e que estou viva :)
assim que a ver que vem aí com 2012 e até onde a ideia chega e a experiencia me leva.
aqui vai um textito e hoje modifico tambem o nome deste blog, que esteja mais de acorde a minha situacao actual. e assim segue o meu diario de navegante poeta de rua mulher lusitana buscadora feliz das nove vidas que me tocam:
sentada entre janelas de verde
estranhando o vibrato que chora
lembrando o passado com rancor
nessa mistura fina de amor e òdio onde me revejo sem piedade.
confronto-me com a minha solidao,
companhia de sempre no amor
e vejo a poesia quotidiana
ou a simpleza de umas quantas pétalas.
nao sei se és um ti ou um vós
e talvez nem sejas ninguém
só eu comigo
onde trato de encontrar essa pequena luz ou um quartzo de antes.
difícil a abstracçao,
complico-me a vida com deambulaçoes errantes
da paz por encontrar.
molho a boca com o sal da tua transpiraçao
as maos se me arrugam com a pena que cresce dentro de mim.
vivo o tango de longe,
aceno-lhe mordendo meus lábios até sangrar.
e recosto-me no trigo da tua pele
ou será minha essa pele? já nem sei que pele
é mia, tuya, nuestra,
de tanto camuflar-se em abraços vadios.
sou vadia, vagabunda,
talvez puta suja ou nada mais que uma alma velha de criança
que nao pode respirar sem sentir um outro aroma.
E odeio-TE. Rejeito
Expulso do meu corpo para logo voltar a penetrar...
Beijo o momento
e o seu manto negro que me cobre as feridas.
Melhor que nao me vejas
porque já nao confio em mirada alguma.
Dói
e essa dor lembra algum arranhao que nao quero repetir.
Evito a fantasia
e nada mais fica senao o pesar e o cansaço
de outrem.
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