sexta-feira, 23 de julho de 2010

da nostalgia do ser

a saudade é o mistério dos deuses mortais
das terras estranhas e os mares longínquos
os horizontes desejados
os sonhos ansiados
as ausências perdidas
as presenças
os amores e desamores
da paixão quotidiana do sentir profundo das coisas.

pressinto, sinto, antecipo
procuro o calor num refúgio transparente
de pessoa, praia ou animal

vejo, revejo os cinco sentidos
do sentido de viver

espero a gaivota
espero o seu voo
saudade...
sentimento, místico, real,
que se sente bem fundo
agarra o peito, aperta o estômago,
enche-se de amor
vem das entranhas do desejo
apaixona-se pela dor dos seres
e enlouquece-se,
banha-se do sangue sofrido
de quem ama.
de quem quer tudo e a tudo se dá
a tudo se entrega
e não pode fazê-lo de outra forma
porque não lhe existe outra forma de sentir
se não o sentir bem fundo..

deixa rosas e seus espinhos
faz um leito de flores onde existe lama
e deita-se sobre sangue onde existe saliva...
recosta-se na lua, adormece com o sol
e vem de mansinho à noite
sussurar no ouvido dos mortais
a efemeridade da vida.
corta o tempo, rasga a solidão
acompanha as aves
e traz no mar o seu encanto de sonho.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

amor e pecado

quem canta seus males espanta