segunda-feira, 29 de novembro de 2010

lua

lua.
tenho o corpo cheio de ti.
tenho os sentidos abertos, respiro
vivo o toque dos teus dedos em sensações que se diluem numa morna
vivo a pele, o cheiro
e olho-te. vejo o espelho quebrado
a solidão do teu ser
a leviandade dos sentidos, a efemeridade.
o sol e o branco
a profundidade
as águas,
as ondas de uma canção que me faz submergir
em ti, em nós. em mundos de fantasia
ideias de amor
sentidos de paixão
e alusões a deuses e mitos humanos.
quero um fado permanente
condimentado com morna
sambando de leve
numa roda de tangos..
quero essa saudade do que não foi nem é
quero o meu lusitanismo,
companhia de sempre no amor.
Que é castigo de quem nasce sob o signo da amália escondida em cada um de nós
e é crime, sofrer passional de beleza
de um tudo querer, num instante conservar.
E ao mar entregar.

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